Os liberais não querem ser conotados de direita. Definem-se apenas como “não-socialistas” (como se isso definisse alguma coisa). Isto porque segundo eles, a direita foi a responsável de todos os males de que fomos vítimas ao encabeçar lutas erradas que deu espaço a que o país fosse tomado pelas esquerdas. E que lutas foram estas? A luta contra toxicodependência; contra o casamento homossexual; contra a migração massiva a que chamam de homofobia. Ou seja, culpam a direita de “entregar de bandeja a superioridade moral à esquerda e que assim, perdeu uma geração de jovens com instintos liberais para o Bloco de Esquerda” (retirado do discurso do Líder do IL). Mas que superioridade moral é essa do BE? A sério que pensam isto?
Acontece que a direita nunca governou em Portugal. Quem governou este país desde 74 foi, em alternância, ora os socialistas, ora os sociais-democratas. Direita? Nem vê-la. Pior, nunca existiu uma Direita digna desse nome neste país.
Os factos são inegáveis: foi o socialismo e a social democracia que fizeram deste país um “pedinte” roto e corrupto a viver acima das suas possibilidades, completamente nas mãos dos credores, sem dinheiro para a saúde, educação, segurança e justiça.
O problema dos que não se assumem claramente, é depois não serem coisa nenhuma bem definida, induzindo em erro as pessoas – um misto confuso de ideologias – mas nas entrelinhas deixarem claro o que são sem a coragem de porém, o dizer preto no branco: uma espécie de “bloco de esquerda” nas liberdades individuais e no progressismo, mas liberais “não-socialistas” na economia.
Colocarem-se do lado dos radicais de esquerda nas “liberdades individuais” é um erro crasso. Porque esses radicais não lutam pela liberdade individual. Lutam pela IMPOSIÇÃO da liberdade de uns, contra a liberdade de outros. E isso não é lutar por liberdade. É a impor uma ditadura de minorias.
Sou assumidamente de Direita com muito orgulho, porque é à Direita que está o respeito real por todas as liberdade sem atropelar as liberdades dos outros; é à Direita que se constrói um país com ordem social, valores, ética, respeito , defesa de todos, sem qualquer supremacia. É com uma Direita que se constrói uma sociedade justa onde: todos procuram produzir e ninguém trabalha para quem não quer trabalhar; há regras rigorosas para a gestão pública, não há perdão para criminosos do erário público, nem para maus gestores públicos; há responsabilização criminal contra governantes que lesam a pátria, não há famílias nem “boys” no Estado; não há descentralização para contratação de mais “boys” e famílias mas sim mais poder autárquico com mais responsabilidade, limites, controlo, rigor e penalizações, um poder central mínimo com um poder regional máximo; iniciativa privada por todo o lado que se justifique, mercado totalmente livre sem burocracias, sem taxas para tudo e mais alguma coisa; liberdade de escolha na saúde e educação; impostos reduzidos e geridos ao cêntimo com total transparência e responsabilidade , todos investidos na sociedade em prol de uma maior qualidade de vida para todos sem excepção; há respeito e orgulho pela nossa cultura e História. Isto é a DIREITA. A verdadeira e única Direita.
É à direita que está a viragem. É à direita que está a nata do país, constituída por gente essencialmente da sociedade civil, com ampla experiência no mercado de trabalho FORA da política, capaz de com firmeza, recuperar economicamente e socialmente valores perdidos. Gente sem vícios políticos, habituada à luta árdua do dia a dia que não se esconde por trás da TEORIA parva da ideologia de género nem outras patranhas inventadas para desconstruir a sociedade e criar fragmentações, com medo de ser insultado, nem engole os embustes “progressistas”. Gente que sabe reflectir e não se deixa manipular pelo “establishment”. Gente de carácter.
A verdadeira Direita é efectivamente “durona” porque faz o que tem de ser feito, diz o que tem de ser dito de forma firme e assertiva, sem medos nem tabus. Transpira confiança porque não se esconde nem foge dos temas problemáticos – enfrenta-os. Não se importa dos rótulos porque sabe que quem os usa tem medo do sucesso dos seus ideais.
A verdadeira Direita é tudo aquilo que os pais e avós, noutros tempos, ensinavam a ser na educação que transmitiam. E essa Direita ainda não governou em Portugal.
Há quem lhe chame agora de “direita musculada”. Eu não diria melhor.
Cristina Miranda
Via Blasfémias
Li e gostei . Cristina Miranda se tudo que diz neste artigo de tudo que espera de um cidadão , eu alinho no seu partido , diz que tem orgulho de ser da direita , se tudo o que diz e ser da direita acredite que eu também o sou .
Infelizmente aqueles com poder e que também o são, por cobardia ou conveniência não o assumem
Eu penso que tudo isto que aqui diz e de uma grande coragem , sou apenas um cidadão do povo que me orgulho do pouco que consegui , acredito que o quebe de Cesar e de Cesar não daquele que tem toda a família a trabalhar no sistema , e acredito que o que é do e do povo .
Infelizmente o que a senhora quer , que eu quero bem podemos esperar sentados porque o povo português não vai nisso .
Cumprimentos .
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A Direita conseta o que a Esquerda destrói
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Bela e refrescante leitura que não se lê na comunicação social
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correndo o autor o risco de ser rotulado com um qualquer adjectivo acabado em ‘ista’.
Keep it coming que eu continuarei a ler.
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