Longe vão os tempos em que a comunicação social portuguesa entrava em histeria diária, semanal e mensal com qualquer decisão que o governo de Pedro Passos Coelho tomava. O escrutínio era intenso, imenso, era tudo passado ao pente mais fino que os amigos de António Costa e companhia limitada tinham à disposição. As consequências eram variadas, o campo de forças a nível financeiro e económico a que o Governo de Passos estava sujeito era reduzido, não havia margens para erro, muito menos para escapadinhas diárias para Ibiza quando as coisas corressem mal, mas o campo era ainda mais estrito porque a parcialidade da comunicação social portuguesa ao partido do regime, o partido socialista, era inegável, aliás, era por demais visível, com um conjunto bem trabalhado e oleado de comentadores nas principais estações televisivas a debitarem a cartilha habitual do actual Primeiro-Ministro não eleito.
O regimento político, muitas vezes empresarial em Portugal, rege-se pelo princípio das “boas famílias” dos conhecidos, dos parentes, do “tio e da tia”, dos esquemas fáceis e rápidos que depois acabam mal. A política portuguesa é o retrato fidedigno de parte desse povo, e ainda por cima com o seu expoente máximo em Costa, um aproveitador cínico das situações, aproveitando-se do momento, para que no futuro o seu sucesso pessoal e ambições pessoais sejam maximizadas, minimizando a possibilidade de Portugal crescer com sucesso e de modo sustentável para futuro.
Esse é claramente o grande handicap que poderá condenar Costa ao fracasso: Ele próprio. Como bom cínico e jogador que é, ler sensações de sorrisos mais ou menos diabólicos não é o melhor cenário de análise de um individuo, a análise tem que ser feita de modo mais “directo”, portanto no terreno, na actuação de Costa. O Primeiro-Ministro é um político banal, muitos dizem que Costa é hábil, um “génio” da política, mas,no meu conceito de político entram duas coisas importantes, primeiro a capacidade do mesmo resistir a situações difíceis enfrentando as de frente e tentando resolver as coisas estruturalmente- não fugindo para destinos paradisíacos mostrando o excesso de peso em público- e por fim, o que chamo de jogos internos políticos, a tal bagagem e “esperteza” que se tem que ter no combate.
Costa não tem a primeira qualidade e tem metade da segunda, mais uma vez insisto, se fosse assim tão hábil, Costa não fugiria em situações difíceis, usaria então os seus dotes mágicos de Professor Karamba para enfrentar a situação. Aqui é que nasce o mito, o mito criado pela comunicação social, o mito protegido pela comunicação social a todo o custo. E mais uma vez, a todo o custo, porque Costa representa o Portugal antigo, dos velhos vícios, das famílias de sempre, dos lobbys, esse Portugal quer acabar com o Portugal que se começou a levantar em 2011 e que Pedro Passos Coelho com a sua arte de resistência ajudou no processo.
O produtor deste tipo de noticias que ajudam Costa a manter a sua imagem “impoluta”, começa aqui, ora vejam:

Costa, no seu pedestal, diz que a decisão sobre o Infarmed está tomada. Concluída. Finita. Era só assinar os papeis e que a mudança estava integrada na candidatura para acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento.

Depois do deslumbramento e arrogância iniciais as mentiras começam a ser desvendadas. Os jornais anunciam sim, mas as televisões falaram pouco, bateram pouco, se fosse com outro governo tínhamos um mês de polémica.

Depois da fase inicial de mentir com todos os dentes que tem na boca, ainda por cima com calinadas na gramática, e do deslumbramento numa segunda fase, na terceira fase começa o diz que disse, o diz que não disse e começa a falar por charadas e de autocracia. Um homem de mentira cheia, e estou a ser simpático.

Esta é outra categoria de pérolas inesquecíveis da farsa Costista. Em Novembro de 2015, antes de tomar posse e depois de ter perdido as eleições de 2015, Costa afirma que a austeridade acabou e uma nova era, a da mentira com perna curta claro, começava.

Claro que, a realidade bate sempre à porta, Costa passa da era da não austeridade, para a era do “controlo orçamental apertado”, “contas certas”, “contas em ordem”, “responsabilidade”, discursos que pareciam magia negra na boca de Passos Coelho e que agora são flores.

E a cereja no topo do bolo! A austeridade com aumento dos impostos indirectos mantendo os directos.
Não caros leitores, isto não é o manicómio, isto é Portugal, um País de tapados e jornalistas marxistas que já não se pronunciam quando a coisa a aperta. As fake news é quando a esquerda quiser. Fascistas!
Mauro Oliveira Pires
Diria mais: Cambada de traidores de Pátria!
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Excelente artigo, como, de resto, nos vem habituando. PARABENS.
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Obrigado Alice 🙂
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